domingo, 24 de dezembro de 2017

Depressão na adolescência.

Nos últimos anos tem crescido de maneira significativa o interesse no conhecimento, nas consequências e na abordagem da Depressão na Infância e Adolescência. Durante muito tempo acreditou-se que essa era uma condição que não atingisse essa faixa etária, principalmente as crianças menores. Isso se deve a uma forte influência da teoria psicanalítica que para o desenvolvimento da depressão era necessário que superego estivesse desenvolvido. Em 1946, Spitz & Wolf descrevem o quadro denominado com “Depressão Anaclítica” em crianças muito jovens, sendo essa condição marcada por baixo nível de energia e de interesse e humor deprimido, refletindo a não atenção às necessidades básicas da criança. Já na década de 1970, houve por parte de alguns pesquisadores o reconhecimento da depressão como uma condição presente em crianças que apresentassem problemas comportamentais, sendo necessário investigá-la em situações de comportamentos disruptivos. Os investigadores começaram a notar as semelhanças e diferenças entre a depressão na infância/adolescência e nos quadros de início na vida adulta. Eles puderam perceber a presença de sintomas de tristeza, anedonia (perda de interesse) baixa auto-estima, e outros sinais e sintomas exclusivamente vegetativos ocorrendo em crianças, tais como queixas somáticas, retraimento social, agressão e abandono escolar. É consenso nos dias atuais que mesmo em crianças na faixa pré-escolar é possível fazer o diagnóstico de depressão, utilizando-se dos mesmos critérios diagnósticos desenvolvidos para o diagnóstico em adultos. Dentre os quadros existentes temos a depressão maior (ou transtorno depressivo) e a distimia (ou transtorno distimico). Crianças com depressão podem relatar estar se sentindo tristes, infelizes, entediadas ou desinteressadas por suas atividades usuais, com raiva ou se irritando facilmente. Também podem apresentar choro fácil. AVALIAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO O diagnóstico de transtorno depressivo exige pelo menos um episódio em que a criança tenha tido cinco ou mais dos seguintes sintomas, incluindo um dos dois primeiros, por um período mínimo de duas semanas: (1) humor deprimido ou irritável; (2) acentuada diminuição do interesse ou prazer em atividades; (3) perda ou ganho de peso ou apetite; (4) insônia ou hipersonia; (5) agitação ou retardo psicomotor; (6) fadiga ou perda de energia, (7) sentimentos de desvalia ou culpa excessiva; (8), diminuição da capacidade de pensar, concentrar ou tomar decisões; (9) pensamentos recorrentes de morte ou idéias e/ou tentativa de suicídio.
A avaliação pode se concentrar na gravidade dos sintomas e na incapacidade funcional dessas crianças e adolescentes. No levantamento dos sintomas para efeitos da determinação do diagnóstico, é importante tentar verificar cuidadosamente a cronologia e o curso dos mesmos ao longo do tempo (por exemplo, para o diagnóstico diferencial de outras patologias psiquiátricas, distinção entre depressão maior e transtorno distímico e, para ajudar a determinar os antecedentes desses sintomas ou situações de agravamento). Infelizmente, porém, as crianças muitas vezes não são jornalistas de confiança da informação temporal, o que dificulta conseguir com detalhes a história inicial e a evolução do quadro depressivo. Com o intuito de melhorar a coleta de dados, tornando-a mais homogênea e auxiliar no diagnóstico clínico foram desenvolvidos diversos instrumentos de avaliação diagnóstica. Esses instrumentos de diagnóstico podem auxiliar ao clinico no diagnóstico, mas também podem ser utilizadas em pesquisa. As escalas de avaliação clínica, como o CDI (Children Depression Inventarion), o CDRS (Children Depression Rating Scale), DICA (Diagnostic Interview for Children and Adolescent) e o K-SADS-PL (Kidds Schizophenia and Affective Disorder Scale – Present and Past Life) são as escalas mais conhecidas e utilizadas. Entretanto o uso das escalas não substitui a entrevista clínica face-a-face, com avaliação direta da criança e do adolescente. Além disso é fundamental que essa avaliação seja realizada por profissional capacitado, treinado e com experiência no atendimento de crianças e adolescentes. Na prática clínica a melhor combinação é a associação entre o relato da criança e adolescente, associado a dados fornecidos por pais e cuidadores, associado à entrevista semi-estruturada. Estudos recentes têm sido realizados com o intuito de correlacionar o nível de desenvolvimento cognitivo, emocional, psicossocial e biológico das crianças e adolescentes e sua vulnerabilidade para o desencadeamento de um episódio de Depressão Maior. A depressão apresenta algumas peculiaridades no quadro clínico, curso, resposta ao tratamento e prognóstico dependendo de seu início na infância, na adolescência, na vida adulta e na velhice. Entretanto os critérios diagnósticos do DSM-IV (manual da Academia Americana de Psiquiatria para o diagnóstico das psicopatologias) e CID-10 (Organização Mundial de Saúde) utilizados para o diagnóstico clínico das doenças psiquiátricas são os mesmos para todas as faixas etárias, não considerando diferenças próprias de cada fase da vida. Isso pode dificultar que o diagnóstico seja feito mais facilmente porque muitas vezes na infância e adolescência não se é possível observar claramente queixas e sintomas próprios de um quadro depressivo. Às vezes também os sintomas depressivos, principalmente em crianças menores, não fecha o critério necessário de tempo. Em outras circunstâncias é comum a presença de sintomas atípicos em crianças e adolescentes, o que muitas vezes dificulta significativamente o diagnóstico clínico. Alguns estudos tentam mostrar características que são peculiares quando a depressão ocorre na infância diferenciando-as das de inicio na adolescência. Alguns têm mostrado, por exemplo, que os adolescentes apresentam mais sintomas depressivos do que as crianças. Sorense e Thomsen investigaram uma amostra clínica de 42 crianças e adolescentes e encontraram significativamente mais anedonia, hipersonia (sono exagerado) e também maior dificuldade de concentração, dificultando o desempenho escolar em adolescentes. Em contraste eles observaram que as crianças apresentavam mais frequentemente sentimentos de inutilidade. Bennett e colaboradores, investigando uma amostra ambulatorial com 383 indivíduos na faixa etária entre 11 e 20 anos, observaram significativamente mais humor deprimido, problemas de sono, fadiga, culpa, problemas de concentração, sensação de desamparo, frustração e insatisfação com a auto-imagem corporal entre os adolescentes deprimidos. Em contraste, adolescentes deprimidos do sexo masculino também apresentavam mais anedonia e as meninas mais humor deprimido na manhã.
DEPRESSÃO NAS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Tendo em vista algumas diferenças e particularidades na depressão em crianças e adolescentes quando comparados com adultos e também quando comparados entre si, é fundamental uma melhor descrição de possíveis características em cada faixa etária. Depressão em lactentes Antes da aquisição de linguagem verbal, uma criança manifesta depressão pela expressão facial e postura corporal, sendo comum mudança de comportamento como inquietação, mais retraimento e chorar mais do que habitual. Pode recusar alimentos, ter problemas para dormir, ficar mais apática e passa a não responder os estímulos visuais, verbais e tácteis (ex: abraços). (Luby e col., 2003). Enquanto algumas crianças têm repentinamente explosões de raiva descontroladas, outras ficam evidentemente tristes chorando à toa e outras irritadiças constantemente. A perda de interesse nas atividades de lazer e desânimo fica evidente (Luby e col., 2006). Perda de habilidades previamente adquiridas, como regressão da linguagem, ecolalia e enurese são comuns em crianças que recém adquiriram linguagem. Dos 2 aos 5 anos, é freqüente manifestação de dependência excessiva, ansiedade de separação, controle precário de impulsos e instabilidade emocional (Fu-I, 1996). Até aquisição plena da linguagem, a criança pode não estar em condição de relatar sobre seus próprios sentimentos e experiências emocionais. A partir dos 3 – 4 anos as crianças devem ser sempre entrevistadas face-a-face para que se possam obter juntos com as informações fornecidas pelos pais, um histórico clínico completo e uma definição de diagnóstico confiável. Depressão em crianças pré-escolares Crianças pequenas ou pré-escolares quando deprimidas podem apresentar frequentemente falhas em adquirir peso esperado para idade, fisionomia triste ou de seriedade, irritação, diminuição de apetite, agitação psicomotora ou hiperatividade, insônia acompanhado de ansiedade, balanceios, estereotipias ou outros movimentos repetitivos e agressividade contra outros e a si mesma (Fu-I e col., 2000). Essas crianças já manifestam claramente anedonia com perda de iniciativa para as brincadeiras, perdem interesse por atividades e jogos que antes apreciavam e queixam-se sempre de estarem entediadas por não saberem do que brincar (Luby e col., 2006). As queixas não específicas e vagas de dor de cabeça, dor muscular ou dor abdominal são freqüentes e constituem uma das características de manifestações de angústia e sofrimento emocional de crianças nessa faixa etária, além de cansaço excessivo ou falta de energia (Luby e col, 2003). Depressão em crianças na idade escolar Crianças na idade escolar quando deprimidas além de aparentar tristeza, podem mostrar-se ou irritadiças ou instáveis. Algumas também podem ficar apáticas, isto é, as crianças apresentam pouca reação tanto para estímulos positivos quanto para negativos. É mais evidente anedonia, com desinteresses e abstenções de atividades extracurriculares, inclusive isolamento social e familiar voluntária. Os sintomas clássicos de depressão como lentificação de movimentos, falar com voz monótona e falar de desesperança e sofrimento é mais comum nessa idade, mas, agitação psicomotora e hiperatividade com controle precário de impulsos pode ser freqüente. O sintoma de inquietação assemelhar-se a inquietação de ansiedade fazendo pensar que, essas crianças podem ter quadros compatíveis com critérios para mais de um transtorno psiquiátrico. Kovacs e colegas (2003) consideram especialmente importante a investigação de anedonia e de mudanças de humor desproporcional ao estimulo (disforia) para diagnostico da depressão nessa faixa etária, considerando esses sintomas fundamentais para diagnostico de depressão nessa faixa etária. A perturbação de crianças ou adolescentes diante de qualquer estímulo e hiper-reatividade desagradável, hostil e eventualmente agressiva nem sempre é valorizado como sinônimo de sofrimento. Mas, em crianças e adolescentes, as súbitas mudanças de comportamentos não justificadas por fatores de estresse são de extrema importância e, deveriam ser sempre investigada considerando possibilidade de depressão ou transtorno bipolar (Fu-I e col., 2000). A irritabilidade é um sintoma pouco específico na psiquiatria da infância, podendo ser encontrada em crianças normais, mas é um sintoma realmente comum entre crianças e adolescentes deprimidos, mas infelizmente esse sintoma de irritação pode ser mais motivador de repreensão por parte dos familiares, educadores ou profissionais de saúde e não e não instiga a investigação clínica. Crianças deprimidas frequentemente têm manifestação de baixa auto-estima e, é expressa por essas crianças falando sobre si em termos negativos: “sou ruim mesmo”; “sou tonto”; “ninguém se preocupa comigo”. O sentimento de culpa exagerada pode aparecer como pensamentos de que tudo está errado por sua existência e, devem ser punidas ou de que seria melhor morrer e, pode acompanhar os pensamentos de que seria melhor se estivesse morto (Mesquita & Gillian, 1993). A perda de apetite é um sintoma frequente, mas algumas crianças podem ter aumento do apetite e tornarem-se obesas. As queixas de pesadelos ou de despertares noturnos são frequentes, assim como insônias acompanhadas de ansiedade ou rituais noturnos. O aumento de distraibilidade e a dificuldade de memorização são comuns e levam a uma piora do desempenho escolar e pode dificultar a distinção de depressão com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). (Yorb e col, 2004; González-Tejeras et al., 2005). Depressão em adolescentes Os adolescentes deprimidos já conseguem relatar claramente sentimentos depressivos, incluindo desesperança, dificuldade de concentração e, podem mostrar ainda mais irritabilidade e hostilidade. A falta de esperança e a sensação de que as coisas jamais mudarão podem levá-los a apresentar tentativas de suicídio. Sintomas como insônia ou hipersonia, alteração de apetite e de peso, perda de energia e desinteresse em atividades de lazer disponíveis aparecem de formas variadas. Isolamento social voluntário, sensibilidade exagerada à rejeição ou fracasso e pouca expectativa em relação ao futuro também são frequentes. O uso e abuso de bebida alcoólica e outras substâncias de ação no sistema nervoso central podem ser freqüentes em adolescentes deprimidos e muitas vezes são resultantes de tentativas de “auto-tratamento” / ”auto-medicação” para alivio de sofrimento depressivo (González-Tejeras e col, 2005). Diferenças de perfil sintomatológico entre faixas etárias e gêneros Geralmente a depressão manifesta em iguais proporções em crianças e adolescentes e, também entre meninos e meninas (Sorense e col, 2005). Estudos recentes, porém mostram que a ocorrência de alguns sintomas pode ser dependente do nível de desenvolvimento cognitivo e outra relacionada ao gênero. Por exemplo, no estudo de Yorbik e colegas (2004), os adolescentes deprimidos mostraram significantemente mais desesperança, sensação de desamparo, falta de energia, fadiga, hipersonia, perda de peso, e comportamento suicida quando comparado às crianças. Observou-se, também, que as adolescentes de sexo feminino pensaram mais e tentaram mais suicídio em comparação com os adolescentes do sexo masculino. Sorense e colegas (2005) também obtiveram as observações de que anedonia, hipersonia, capacidade reduzida de concentrar-se e sintomas melancólicos foram mais freqüentes nos adolescentes do que nas crianças deprimidas. Estranhamente, as crianças, apresentaram mais freqüentemente, as sensações de desvalia e baixa auto-estima. Estes pesquisadores concluíram que depressão é frequente em pacientes psiquiátricos de 8-13 anos e, que a idade e não gênero tem efeitos significantes na ocorrência e a prevalência de sintomas depressivos específicos (Sorense e col, 2005). Em muitos estudos, as meninas apresentam mais sintomas do que os meninos, que há uma chance de que elas pudessem procurar mais os serviços de saúde mental e, portanto, os meninos podem estar mais negligenciados por manifestarem outros tipos de sintomas menos incômodos aos familiares. Enquanto que os adolescentes de sexo masculino motivaram apenas repreensões comportamentais. Além de preocupação com os adolescentes de forma geral, tem-se preocupação crescente com grupos específicos. Observou-se que há menos adolescentes de gênero masculino nas clinicas ou, há possibilidade de que eles solicitem menos auxilio profissional. Estudos realizados nos Estados Unidos da América (EUA) mostraram entre adolescentes de todos os grupos étnicos, os negros e asiáticos são os que menos solicitam auxilio e, especialmente preocupante em relação à situação de adolescentes masculinos negros e asiáticos. Diante desses achados, foram criadas organizações de grupos psico-educacionais específicas para jovens com esses perfis. COMORBIDADE E SOBREPOSIÇÃO DE SINTOMAS Uma característica das doenças psiquiátricas de início precoce é a presença freqüente de sobreposição de sintomas de múltiplos transtornos ou co-morbidades. Aproximadamente 50% dos casos de transtornos afetivos têm como co-morbidade algum tipo de transtorno ansioso (Fu-I e col, 2000). As condições coexistentes de maior prevalência com depressão de início precoce são transtornos de ansiedade, transtorno de conduta e TDAH. Em 1987, Puig-antich (Puig-Antich, 1987) já atestava que “pesquisar a forma pura de transtornos afetivos de início precoce pode ser perda de tempo, pois os sintomas co-existentes, considerados como co-morbidade podem ser uma característica intrínseca de doenças afetivas ocorridas na infância”. Segundo a literatura, a maioria das crianças deprimidas apresenta sintomas de ansiedade sugerindo que, crianças, filhos de pais com transtornos afetivos, podem ter predisposição a transtornos de ansiedade de separação, o que por sua vez pode ser um sintoma preditivo de transtornos afetivos (Fu-I, 1996). A complexidade e a proximidade de depressão com transtornos de ansiedade é preocupante pois mostra a dificuldade que muitas vezes pode haver para distinguir um transtorno do outro. A associação desses dois transtornos é tão íntima que sintomas de ansiedade na infância podem ser um sinal preditivo mais eficiente para diagnostico de depressão do que de transtornos de ansiedade (Mesquita & Gillian, 1994). A presença de sintomas comportamentais e de ansiedade pode prevalecer sobre sintomas afetivos, principalmente em meninos. Acredita-se que em torno de 16 – 62% de crianças e adolescentes com transtornos depressivos apresentem também transtornos de ansiedade (Laurent e col, 1993). Strauss e colaboradores (1998) também já haviam observado que sintomas de ansiedade precoce elevam o risco de filhos de pais deprimidos de apresentarem quadros depressivos subseqüentemente. Em geral, a relação de nível de ansiedade é diretamente proporcional à severidade do quadro depressivo nas crianças. Muitas vezes, ao realizar pesquisas com instrumentos diagnósticos diferentes, podem-se obter resultados compatíveis tanto com transtornos de ansiedade, como com de depressão. Sintomas típicos de depressão como choro e pensamentos de inadequação, incompetência e auto-agressão têm sido atribuídas ao medo e à ansiedade das crianças (Laurent e col, 1993). Em 1993, Laurent e colaboradores indicaram quatro sintomas de depressão cuja presença pode servir de critério determinante para verificar se uma criança ansiosa também está deprimida. Caso a criança ansiosa demonstre anedonia, disforia, sentimento de não ser amado e/ou nível excessivo de culpa, ela poderá estar também deprimida. De forma semelhante, se uma criança deprimida demonstrar alto nível de preocupação, especialmente com relação aos acontecimentos futuros e/ou à competência acadêmica, ela pode estar também com um distúrbio de ansiedade (Laurent et al., 1993). No que tange o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, chama atenção a grande dificuldade de distinção do raciocínio obsessivo com pensamentos reverberantes de cunho depressivo comuns em casos de DP. Nos estudos de Yorbik e colaboradores (2004), os adolescentes tiveram significativamente mais abuso de substância e menos comorbidade com transtorno de ansiedade de separação e TDAH em comparação com as crianças.
TRATAMENTO O tratamento dos transtornos depressivos na infância e adolescência exige uma abordagem ampla e multidisciplinar. É fundamental que a avaliação clínica e o diagnóstico tenham sido realizados com primor e cuidado, avaliando-se desde os principais sintomas alvos, a intensidade e gravidade, tempo de evolução, presença de comorbidades psiquiátricas e médicas, estrutura familiar, tratamentos previamente realizados. A saúde física e emocional da criança e do adolescente, nível de funcionamento global, acesso a educação e meios de tratamento são fundamentais para se estabelecer um projeto terapêutico individualizado para cada criança e adolescente. O tratamento é multidisciplinar envolvendo diferentes profissionais. Será utilizado todos os recursos disponíveis e necessários para que a criança e o adolescente possa se recuperar totalmente e num prazo de tempo mais curto possível. O tratamento envolve o uso de psicofármacos (antidepressivos, estabilizadores do humor, antipsicóticos, psicoestimulantes) com o intuito de remissão dos sintomas depressivos, ansiosos, psicóticos ou de hiperatividade e desatenção. O tratamento clínico das comorbidades psiquiátricas deve ser contemplado simultaneamente. O tratamento psicológica, envolvendo a resolução de conflitos, fortalecimento dos recursos emocionais, reabilitação cognitiva e tratamento das dificuldades familiares, é de suma importância. Existem diferentes abordagens a serem utilizadas como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia de base analítica e a psicanálise, terapia Comportamental, terapia transpessoal, terapia familiar, etc são algumas modalidades a serem escolhidas. O tratamento e a reabilitação de distúrbios de linguagem e de aprendizagem, bastante comuns em quadros depressivos precisam ser tratados através da fonoterapia e da abordagem psicopedagógica. Um trabalho junto a escola também é necessário para que os prejuízos e conflitos escolares possam ser detectados e tratados de maneira objetiva e rápida. Todas essas múltiplas abordagens devem ser disponibilizadas a fim de se consiga um melhor resultado no tratamento, com remissão completa da depressão, evitando recaídas e cronificação futura de um transtorno que cresce a cada ano, produzindo sofrimento e perdas (emocionais, financeiras e de qualidade de vida) a essas crianças e adolescentes e a suas famílias. Fonte: Dr. Miguel Angelo Boarati.

Ansiedade.

Diante de eventos importantes, como uma entrevista de emprego ou uma prova difícil, é comum ficarmos ansiosos. Ficamos preocupados com algo que ainda não aconteceu e esses pensamentos são constantemente alimentados pela imaginação. Em resposta a isso, o corpo passa a se preparar para enfrentar um desafio: hormônios são liberados na corrente sanguínea, os músculos se tensionam, o coração bate mais rápido e a boca fica seca. “Uma das características do sucesso da espécie humana é a capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade”, explica Márcio Bernik, médico psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Ansiedade do IPQ (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP). Ou seja, a ansiedade é um estado emocional “normal” que precede a conclusão de algum evento. Medo, insegurança e angústia são emoções que todo mundo sente em algum momento ou situação. Entretanto, indivíduos com transtornos de ansiedade (um dos mais incidentes na atualidade, ao lado da depressão) apresentam uma complexidade maior de sintomas. O modo como reagimos a esse agente estressante diferencia uma “ansiedade normal” de uma patologia. “ É utilizado o termo ‘transtorno’ porque ele se refere a algo que desorganiza a vida do indivíduo e gera um sofrimento excessivo. A pessoa passa a ter prejuízos em diversas esferas. Não consegue sair, manter um emprego, entre outras”, explica o psiquiatra Felipe Corchs, do Programa de Ansiedade do IPQ.
Os distúrbios de ansiedade são provocados por desordens do sistema nervoso simpático que liberam na circulação quantidades muito altas de hormônios envolvidos na reação de estresse. Quando não tratados, o risco de o indivíduo desenvolver transtorno do pânico é alto. “Uma crise de pânico é algo que pode acontecer de repente. É um medo muito intenso que leva a pessoa a pensar que vai morrer”, complementa Corchs. A ansiedade está aumentando? Em 1947, o escritor anglo-americano W. H. Auden escreveu sobre as incertezas de sua época no poema “A era da ansiedade”, que lhe rendeu um prêmio Pulitzer. O título hoje é visto em profusão em revistas e jornais, e embora possa até ter se tornado um clichê, talvez tenhamos, de fato, chegado a esse momento. Um dos estudos mais recentes na área, que reuniu dados epidemiológicos de 24 países, demonstra que quase 30% dos habitantes da região metropolitana de São Paulo apresentam transtornos mentais. O trabalho faz parte da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) que analisa o abuso de substâncias e distúrbios mentais e comportamentais. Os transtornos de ansiedade foram os mais comuns, afetando 19,9% dos entrevistados. Em fevereiro deste ano, a OMS divulgou um relatório mostrando que o número de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo era de 264 milhões em 2015, com um aumento de quase 15% em relação a 2005. Pesam nesse cenário, dizem especialistas, fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades, além do excesso de tarefas que acumulamos ao longo dos anos. Nunca tivemos tanto acesso a informações sobre transtornos de saúde mental, estatísticas e diversos tipos de tratamento disponíveis, desde medicamentos até terapias comportamentais e meditação. “Mas é difícil saber se estamos mais ansiosos agora, pois não havia tantos indicadores e pesquisas desse tipo no passado. Talvez em outras épocas tivéssemos outros problemas de saúde mental. Estamos diagnosticando mais atualmente e as pessoas também estão procurando mais ajuda”, comenta Corchs.
O que fazer? O tratamento dos transtornos de ansiedade inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por seis a 12 meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes. Entretanto, outras opções de tratamento estão surgindo. Dr. Daniel Barros, professor colaborador do Departamento de Psiquiatria da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e autor do livro “Pílulas de bem-estar”, revela que seus pacientes estranham quando ele sugere a meditação como tratamento coadjuvante para reduzir a ansiedade. “Mas, doutor, como vou conseguir ficar quieto?”, é uma dúvida que ele costuma ouvir nesses casos. Parece um pouco distante da nossa realidade considerar a meditação como alternativa para transtornos de ansiedade e ataques de pânico, mas algumas práticas, como o mindfulness (atenção plena, um tipo de meditação), já são utilizadas nos EUA e na Europa desde o final da década de 1970. A Inglaterra inclusive já incorporou a técnica em seu prestigiado sistema público de saúde, o NICE. Por aqui, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mantém, desde 2011, um programa de treinamento e estudos sobre o tema. O programa se chama “Mente Aberta” e atende pacientes do SUS encaminhados via Secretaria de Saúde. Por ali já passaram cerca de 400 pessoas. “Normalmente, são pacientes que não conseguiram resolver o problema pelo viés farmacológico e encaram o mindfulness como uma cartada final”, explica Marcelo Demarzo, coordenador do programa. O plano terapêutico tem oito semanas de duração e os participantes se reúnem semanalmente por um período de duas horas e meia. Para controlar a ansiedade, a pessoa precisa se concentrar no aqui e agora. São utilizadas técnicas para aprender a ter mais consciência da própria respiração e do próprio corpo. “Quarenta e sete porcento do nosso tempo é utilizado para pensar em outras coisas, por isso é importante esse treinamento da atenção. Antes a gente parava e descansava; hoje, paramos e mexemos no celular”, reforça Demarzo. Fonte: Drauzio Varella.

Execícios para malhar o cérebro.

Certamente você já ouviu falar que palavras cruzadas, sudoku, caça-palavras, xadrez, jogos de cartas fazem bem à memória. Não, isso não é conversa de avó. Segundo a neurologista Célia Roesler, membro da Academia Brasileira de Neurologia, tais atividades realmente são uma verdadeira ginástica para o cérebro. Fazer exercícios de raciocínio pelo menos uma vez ao dia ajuda na renovação das conexões neuronais. É como se o cérebro fosse um músculo e a “malhação” estimulasse o órgão a criar novas ligações entre os neurônios, aumentando o número de estradas pelas quais as informações podem trafegar dentro do cérebro. “De maneira simplificada, a cada palavra aprendida e descoberta, uma nova “gaveta” de informações é criada no cérebro do indivíduo. E quanto mais esse hábito de passatempos é estimulado, novas células nervosas serão requisitadas e mais sinapses serão feitas. A leitura diária de qualquer coisa, seja uma revista, jornal, um livro, também é um excelente exercício”, destaca a especialista. O neurologista Ivan Okamoto, do Instituto da Memória da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), complementa dizendo que tais hábitos também ajudam a aumentar a reserva cognitiva. Na prática, isso quer dizer que ele vai chegar, por exemplo, aos 80 anos, e terá um bom “estoque de informações”, o qual irá permitir que o cérebro faça associações sempre que necessário. “Às vezes, a pessoa quer dizer uma palavra, mas não se lembra dela exatamente. Mas se ele tem essa reserva, ele consegue achar um sinônimo rapidamente. Daí a importância dos estímulos.” Mas que fique bem claro que não são somente esses jogos de passatempo que darão conta de deixá-lo com um cérebro “malhado”. Quando esses jogos viram rotina, o cérebro recorre a conexões nervosas já existentes, em vez de fazer novas. Portanto, outras atividades também devem ser levadas em consideração, como: fazer um curso de qualquer coisa que dê prazer, aprender a tocar um instrumento, dançar. “É importante fazer coisas que estimulem o cérebro para que novas áreas sejam acionadas e treinadas”, sintetiza Okamoto. Uma dica que o neurologista dá a todos os seus pacientes que se queixam de esquecimentos é o de aprender um novo idioma. Dessa forma, o indivíduo exercitará várias formas de linguagem e de memória. Além disso, o processo de aprendizagem envolve necessidade de concentração e apelo constante à memória.
Dra. Célia Roesler ressalta ainda a importância dos exercícios físicos, principalmente os aeróbicos, como corrida, caminhada, bicicleta, para a manutenção da memória. Embora não exercitem o cérebro diretamente, a prática diária ajuda a melhorar o sistema cardiovascular (podem prevenir microinfartos em pequenos vasos no cérebro, o que prejudicaria a oxigenação na região). Além disso, exercícios físicos liberam substâncias que impedem a degeneração neuronal. Ter uma alimentação saudável também faz parte do jogo. Opte por incluir em sua dieta principalmente uvas e tomate (10 uvas e um tomate diário). Tais alimentos possuem, respectivamente, resveratrol (poderoso antioxidante que melhora a revascularização cerebral) e licopeno (antioxidante que é um estimulante cerebral).
Veja aqui alguns exercícios para afinar sua memória: 1) Faça caminhos diferentes e alternativos quando for ao trabalho; 2) Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente os produtos de que precisa; 3) Vista-se de olhos fechados. Quando for pegar uma roupa no armário, com os olhos fechados, estimule a parte tátil e procure a peça que você deseja; 4) Leia muito e diariamente. Não só isso: converse com alguém sobre o que leu. Fonte: Drauzio Varella.

Insônia Crônica.

Tanta gente toma remédio para dormir, que o sono espontâneo virou extravagância. Na vida urbana, vivemos tão atormentados por compromissos e preocupações, que até me surpreende nossa capacidade de fechar os olhos e pegar no sono, à noite. Estudos multinacionais mostram que a prevalência de insônia crônica entre os adultos varia de 3,9% a 22%, a depender da definição adotada. Quando usamos a classificação ICSD-3, a prevalência oscila entre 9% e 12%. A ICSD-3 define como insônia crônica a condição que se instala quando surge um ou mais dos seguintes problemas, pelo menos três vezes por semana, por pelo menos três meses: 1) dificuldade para iniciar o sono; 2) dificuldade para mantê-lo; 3) acordar mais cedo do que o desejado; 4) resistência para deitar num horário razoável; 5) dificuldade para dormir sem um parente ou um cuidador. Quando a duração desses transtornos é menor do que três meses, a insônia é classificada como de curta duração. A primeira recomendação para os insones – crônicos ou não – é adotar o conjunto de medidas conhecido como higiene do sono. Entre outras: 1) não tomar café, bebidas alcoólicas, refrigerantes, ou energéticos, pelo menos seis horas antes de deitar; 2) não assistir à TV na cama; 3) não deitar com o estômago repleto; 4) em vez de rolar na cama, ler com a luz indireta de um abajur; 5) abandonar a vida sedentária. Insônia não é mera inconveniência; é um distúrbio associado ao aumento do risco de morte, doença cardiovascular, depressão, obesidade, dislipidemia, hipertensão, fadiga e ansiedade. Nos quadros crônicos, está associada a acidentes automobilísticos, domésticos e no trabalho.
O principal tratamento não farmacológico é a terapia cognitivo-comportamental, que envolve: higiene do sono, técnicas de relaxamento e controle dos estímulos que mantêm a vigília. Dezenas de estudos mostram que ela é superior ao uso de medicamentos, tanto na eficácia como na duração dos efeitos benéficos. Na literatura médica, a melhora está documentada mesmo na presença de dores crônicas, artrites, enxaqueca, depressão, estresse pós-traumático, câncer, doenças pulmonares obstrutivo-crônicas e esclerose múltipla. Os entraves são os custos, a falta de profissionais treinados e o acesso pelo sistema público ou por meio dos planos de saúde. Para contorná-los, surgiram as terapias em grupo e as plataformas online que trazem os ensinamentos básicos, passo a passo, em programas de seis a oito semanas. O mais eficiente dos componentes da terapia cognitivo-comportamental é a restrição de sono, estratégia através da qual o tempo de permanecer na cama é reduzido. A privação aumenta a pressão para dormir na noite seguinte. Há muito, a atividade física é recomendada como parte da higiene do sono. Até 2014, as recomendações eram as de que os exercícios deveriam ser evitados no período que antecede a hora de deitar, porque alterariam o ritmo circadiano do organismo, aumentariam a temperatura corpórea e estimulariam a vigília. Nesse ano, foi publicado um estudo com mais de mil participantes de 23 a 60 anos. Não houve diferença na avaliação das características do sono entre aqueles que faziam, ou não, exercícios de intensidade moderada ou vigorosa à noite, menos de quatro horas antes de deitar. Com base nessa e em outras observações, os especialistas consideram não haver razão para contraindicar a prática de exercícios à noite. Em estudos randomizados, yoga, tai chi, meditação e técnicas de relaxamento demonstraram melhorar a qualidade subjetiva e a duração do sono. No entanto, a falta de uniformidade na escolha dos participantes, nas intervenções e nos critérios de avaliação, confundem a interpretação dos resultados e a indicação dessas técnicas como tratamento exclusivo.
E os remédios? Devem ser prescritos apenas nos casos refratários, em que os demais recursos foram esgotados. Os efeitos colaterais não são alarmantes como imaginávamos no passado, mas estão longe de ser desprezíveis. O impacto do uso prolongado na cognição e na incidência de quadros demenciais não está claro. O ideal é que o uso seja intermitente, reavaliado a cada três ou seis meses, no máximo. Fonte: Dr Drauzio Varella.

domingo, 17 de setembro de 2017

Remédios caseiros que combatem ansiedade e depressão.

Depressão ou ansiedade são doenças que não escolhem sexo, nem idade. A pessoa que tem depressão sofre de perturbação mental e emocional que a deixa triste e sem vontade de viver. Existem várias causas para a depressão que podem ser: hormonais, pós parto, genética ou um grave acontecimento. Se a doença for detectada ainda no início, o tratamento tem mais eficácia. Não se pode subestimar essa doença, pois se não tratada pode levar a óbito, visto que a pessoa depressiva tende a ter em seu estágio avançado propensões suicídas. Sintomas de Depressão: 1-Tristeza. 2-Falta ou aumento de apetite. 3-Muito sono ou insônia (quando tem ansiedade). 4-Crises de choro ou chora fácil. 5-Irritação ou apatia. 6-Indisposição. A depressão pode ser controlada com remédios naturais, pois existem remédios caseiros que a pessoa pode usar a vontade sem contraindicação. É claro que o convívio com os familiares e o amor ajudam bastante para que esses remédios façam mais efeito. Segue abaixo receitas contra a depressão: @- Suco de frutas com linhaça: .2 colheres de linhaça. .1 copo de suco de frutas de sua preferência sem açúcar, pois o açúcar retira os minerais. Triture no liquidificador e tome 2 vezes ao dia. @- Suco de espinafre e agrião: .100 g. de espinafre. .100 g. de agrião. .200 ml de suco de laranja. Coloque os ingredientes no liquidificador e bata. Tome o suco em jejum por 10 dias. Depois deve repetir a receita a cada 3 meses para prevenir a depressão. @- Chá de Folhas de Salgueiro Branco: .30 g. de folhas de salgueiro branco. .1 litro de água. Faça uma infusão com água fervente por 18 minutos. Tome 3 xícaras por dia. @- Chá de Alecrim: .1 colher de sobremesa de folhas do alecrim. .1 xícara de água fervente. Tomar 3 xícaras ao dia. @- Chá de Hipericão ou Erva de São João: .20 g. de folhas ou galhos secos de hipericão ou erva de São João. .1 litro de água. Ferva a água e coloque num recipiente com as folhas. Tome 3 a 4 xícaras por dia.
Para que esses remédios caseiro tenham maior eficácia é necessário um estilo de vida saudável. Segue algumas dicas: 1-Caminhar. Quando a pessoa caminha, libera endorfina e adrenalina que são substâncias que nos fazem ter prazer e bem estar. Andar ao sol por 30 minutos ajuda a relaxar. 2-Animal de estimação. O animalzinho de estimação acaba com a solidão da pessoa e traz mais alegria. Se a pessoa tem crise de tristeza, precisa de um gatinho ou cachorrinho para cuidar e brincar. 3-Cores. Na cromoterapia a pessoa depressiva precisa usar roupas de cores como o vermelho, laranja e amarelo, pois são cores alegres, as outras cores vão aumentar o desânimo. 4-Pratique também ioga e meditação. Vai se sentir mais tranquila(o) e relaxada(o). Consuma também alimentos antidepressivos: 1-Mel - Estimulante de um neurotransmissor, a serotonina que causa sensação de prazer. 2-Alface - Calmante que ajuda no sono, rico em fosfato. 3-Uva - Estimula o funcionamento do sistema nervoso. 4-E ainda: feijão, abóbora, ginkgo biloba, gengibre, alcaçuz, banana e laranja. Essas dicas podem aliviar os sintomas, mas não se esqueça de que o ambiente também influencia. É necessário saber se cuidar em meio ao estresse e pressão do dia a dia, bem como procurar um médico se os sintomas estão fora de controle. Não deixe para amanhã, este assunto é importante e pode salvar a vida de alguém, senão a sua própria. Fonte: Helia Maria Morozini de Campos.

sábado, 12 de agosto de 2017

Vinho Tinto e seus benefícios.

Você provavelmente já ouviu falar que o vinho tinto pode ser uma opção de bebida muito saudável, mas com certeza só ouviu falar sobre os benefícios genéricos dos antioxidantes e do resveratrol nessa bebida. Contudo, aqui está outra razão MAIOR sobre o motivo de o vinho tinto ingerido com moderação (1-2 copos por dia no máximo) poder ser uma parte super saudável na sua rotina. Eu, pessoalmente, tenho tido muitos benefícios por desfrutar de um copo de vinho tinto no jantar cerca de 4-5 dias por semana. Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition (Am J Clin Nutr 2012;95:1323-1334) informou que as pessoas que bebiam dois copos de vinho tinto por dia (vinho tinto seco e vinhos de sobremesa não açucarados) tiveram em seus intestinos níveis mais altos de bactérias benéficas e níveis mais baixos de bactérias patogênicas ruins. Neste boletim informativo, você perceberá como é importante o equilíbrio da flora intestinal, desde a sua digestão, a imunidade, o metabolismo, a saúde da pele, e muito mais. O estudo concluiu que, embora o consumo de vinho tinto diminua as bactérias patogênicas no intestino, ele realmente teve um efeito probiótico apoiando o crescimento e as colônias de micróbios saudáveis do intestino que protegem sua saúde.
Mas os benefícios de saúde poderosos do vinho tinto não param por aí... Outra parte interessante deste estudo é que os bebedores de vinho tinto também tiveram uma diminuição na pressão sistólica e diastólica do sangue, triglicérides, colesterol LDL, e CRP (proteína C- reativa). CRP é uma medida de inflamação geral em seu corpo, por isso é muito bom ver uma associação entre vinho tinto e a redução da inflamação. A parte interessante do estudo é que o vinho tinto foi comparado com porções equivalentes de gin (álcool equivalente por porção) e nenhum dos benefícios mencionados acima foi observado no grupo dos consumidores de gin. Isto significa que os benefícios foram, provavelmente, relacionados aos polifenóis e resveratrol no vinho tinto e não necessariamente ao próprio teor de álcool. Embora não seja provável um efeito sinérgico do álcool e outros compostos no vinho tinto como no grupo que recebeu o vinho tinto sem álcool e teve menos de um benefício na pressão arterial. Você pode escolher o Cabernet, Merlot, PinotNoir, Shiraz ou qualquer outro vinho tinto seco para conseguir todos esses poderosos benefícios para a saúde únicos dos polifenóis e do resveratrol. Note-se que o vinho branco também tem alguns benefícios para a saúde, mas não tão poderosos quanto o vinho tinto, pois ele tem níveis de antioxidantes mais baixos. Outro benefício do vinho tinto não mencionado no estudo acima é que se consumido com uma refeição, pode reduzir e moderar a resposta do açúcar no sangue que você recebe com a comida. Este é mais um benefício que mantém seus hormônios equilibrados, controla os níveis de insulina, controla o apetite e te ajuda a ficar magro! Como você pode ver, há uma abundância de razões para você tomar uma taça de vinho tinto em suas refeições e brindar à sua saúde e felicidade! O vinho tinto e suas grandes propriedades: 1. Um aliado na perda de peso Você sabia disso? Na verdade, o vinho tinto dispõe de uma propriedade muito especial: ele ativa um gene que impede a formação de novas células de gordura e, como se fosse pouco, estimula as existentes, depurando-as e eliminando-as aos poucos. Para demonstrar isso, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) realizou vários estudos e publicou seus resultados em diversos meios. Contudo, para que este efeito seja refletido em nossa silhueta, lembre-se que não deve-se beber mais do que uma taça por dia. Na imagem a seguir fornecemos uma referência da quantidade: não chega a ser um copo cheio. Obviamente os resultados serão mais visíveis se o vinho for combinado com uma dieta equilibrada e livre de gorduras. 2. Potenciador do cérebro: O vinho tinto melhora os processos cognitivos, e como isso acontece? São muitos os estudos que demonstram que beber vinho de forma equilibrada, moderada, porém constante, previne demências e doenças degenerativas do cérebro. O vinho também diminui as inflamações, evita o endurecimento das artérias e, além disso, inibe a coagulação, melhorando assim o fluxo sanguíneo. É maravilhoso. 3. Trata as infecções das gengivas: Se suas gengivas sangram com muita frequência, não tenha dúvidas e consuma, junto às refeições, uma tacinha de vinho tinto. Existem compostos presentes nas uvas que, ao serem fermentadas em vinho, possuem o benefício de evitar a aparição dos estreptococos e bactérias vinculadas às cáries, além de serem muito eficazes contra a gengivite e inclusive dores de garganta. 4. Combate o cansaço: Curioso não? A pesquisa apareceu no The FASEB Journal e nos diz que é precisamente o resveratrol presente nas uvas que melhora nossa situação naqueles dias nos quais estamos mais apáticos ou cansados. Vale a pena tentar. 5. Aumenta as endorfinas; Lembre-se: desfrute sempre com moderação o vinho tinto saudável e delicioso. Ao fazê-lo liberamos endorfinas em nosso organismo, o que nos relaxa e faz com que desfrutemos mais do momento. Tal estudo foi feito na Universidade da Califórnia. Não se esqueça de que o vinho combinado com determinados alimentos e pratos potencia ainda mais o sabor destes. Você sabia? 6. Limpa nosso paladar: Realmente é muito curioso, tomar vinho tinto enquanto se come faz com que, graças às suas propriedades adstringentes, o sabor do alimento seja percebido de modo mais intenso. Já que o vinho reduz o sabor das gorduras, é bom para depois do consumo de carnes, pois dá uma sensação gratificante de “limpeza” na boca, um detalhe que nos convence mais ainda da utilidade de acompanhar nossos almoços ou jantares com uma tacinha de vinho tinto.
7. Bom para reduzir o colesterol: Como você já sabe, o vinho tinto é um tesouro natural rico em polifenóis, sendo um deles o excelente resveratrol, uma substância química rica em antioxidantes que, de acordo com a Clínica Mayo, nos ajuda a cuidar dos vasos sanguíneos, já que evita a formação de coágulos e reduz o chamado colesterol “mau”. 8. Excelente para nossa saúde cardíaca: Além dos polifenóis que mencionamos anteriormente, o vinho tinto é rico em vitamina E, que ajuda a limpar o sangue, evita coágulos, protege os tecidos dos vasos sanguíneos, logo, uma simples taça de vinho tinto eleva notavelmente o potencial de nossa saúde cardiovascular. 9. Reduz o risco de câncer: O vinho tinto é um grande antioxidante. Um recurso natural capaz de bloquear, por exemplo, o crescimento das células responsáveis pelo câncer de mama ou pulmão. Uma de suas melhores propriedades é precisamente a ação que o resveratrol exerce na hora de impedir que o estrogênio cause problemas cancerígenos nas mulheres. 10. Combate infecções urinárias: Graças às suas propriedades antioxidantes e adstringentes o vinho consegue evitar que as bactérias se adiram à nossa bexiga ou rins e otimiza, além disso, a filtração e depuração destes órgãos. Basta uma tacinha por dia para se beneficiar destas importantes vantagens. Vai perder esse tesouro? Fonte: Revista Veja.

domingo, 23 de julho de 2017

Fitoterápicos combatem depressão e ansiedade.

A medicina tradicional avança mais e mais a cada dia. Novas formas de tratamentos para inúmeros males são descobertas e medicamentos são desenvolvidos para a tender a milhões de pessoas. No entanto, todas essas medicações podem causar efeitos colaterais e até dependência. Para auxiliar nessa questão, cada vez mais pessoas têm ido em busca de tratamentos fitoterápicos. “Osfitoterápicos, que são feitos com plantas e agem de forma semelhante às drogas sintéticas, diferentemente das plantas medicinais. Como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Já as plantas medicinais podem ser usadas de outras maneiras, como no preparo de chás, por exemplo”, explica a nutricionista e fitoterapeuta Ana Paula Moura. Em casos de doenças que afetam o sistema nervoso e o equilíbrio emocional, como a ansiedade e a depressão, os fitoterápicos têm sido cada vez mais aplicados, especialmente por sua eficácia. “A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. Já o transtorno da ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, desproporcional ao fator gerador, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono”, explica a nutricionista. Diversas plantas medicinais têm historicidade de emprego para transtornos de ansiedade, com efeito calmante e sedativo, podendo ser utilizadas, juntamente com o tratamento medicamentoso tradicional, auxiliando o tratamento, porém sempre com orientação de um especialista em Fitoterapia, pois existem algumas substâncias não compatíveis. “Além disso, só um Fitoterapeuta terá conhecimento suficiente para fazer esta associação, levando sempre em consideração a individualidade de cada paciente”, esclarece Ana. Dentre as mais usadas e encontradas em estabelecimentos de fitoterapia, a nutricionista Ana Paula ressalta a melissa e a camomila. “São plantas conhecidas pela maior parte das pessoas e muito usadas em chás. Já nafitoterapia, os princípios desses vegetais são ativados para que haja uma eficácia superior à de um chá e que não cause efeitos adversos, diferentemente das drogas sintéticas”, explica.
(1) Melissa (Melissa officinalis) – Também conhecida como erva-cidreira, tem óleos essenciais que acalmam levemente. (2) Camomila (Matricaria recutita) – Esse tipo de camomila tem efeito calmante. (3) Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) – É a mais eficiente para combater a depressão, mas não pode ser tomado sem uma prescrição e, principalmente, sem o acompanhamento do profissional habilitado em Fitoterapia. (4) Passiflora (Passiflora incarnata) – Essa espécie de maracujá ajuda a controlar crises de ansiedade e depressão. (5) Valeriana (Valeriana officinalis) – Suas propriedades são extraídas da raiz. Melhora o sono. Muito usada na produção de fitoterápicos e em chás e infusões, apesar do gosto amargo. Fonte: Dra Ana Paula Moura - Nutricionista.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Farmácia no quintal de casa.

Sabe aquela sua vó que fazia chá de plantas "mágicas" do quintal para o dia daquela gripe? Algumas daquelas plantas realmente têm propriedades médicas e servem de remédio, são as consideradas fitoterápicas e podem ser plantadas em casa. *Poejo (Mentha pulegium L.) Indicação terapêutica: Como expectorante, estimulante de apetite, para perturbações digestivas, espasmos gastrointestinais, cálculos biliares e infecção da vesícula biliar. *Arnica (Solidago microglossa) Indicação terapêutica: Para hematomas e machucados. Parte utilizada: Folhas e flores Preparo: Chá ou sumo da folha pode ser usado no local. *Aroeira (Schinus terebonthifolia Raddi) Indicação terapêutica: Inflamação vaginal, corrimento, cicatrizante. Parte utilizada: Cascas dos caules. Preparo: Chá é usado em compressas ou banhos de assento (1 grama de matéria-prima para 1 Lt de água. *Carqueja (Baccharis trimera DC) Indicação terapêutica: Distúrbios digestivos e dispepsia. Parte utilizada: Partes aéreas. Preparo: Chá por infusão, 3 g de matéria-prima para 150 ml de água. Pode ser consumido de duas a três vezes por dia. *Guaco (Mikania glomerata) Indicação terapêutica: gripes e resfriados, bronquites alérgicas e infecciosas, e como expectorante. Parte utilizada: Folhas. Preparo: Chá por infusão, 3 gramas de matéria-prima para 150 ml de água, ou u xarope, 20 g de folhas secas em 100 ml de álcool 70%p/p. Máximo de três vezes ao dia. *Hortelã (Mentha spp) Indicação terapêutica: Calmante Parte utilizada: Folhas Preparo: Chá por infusão, 3 g de matéria-prima para 150 ml de água. Tomar uma vez ao dia. *Goiaba (Psidium guajava L.) Indicação terapêutica: Diarreias não infecciosas. Parte utilizada: Folhas jovens. Preparo: Chá por infusão, 2 gramas de matéria-prima para 150 ml de água. Tomar no máximo dez vezes ao dia doses de 30 ml. *Pitanga (Eugenia uniflora) Indicação terapêutica: Febre em criança. Parte utilizada: Folhas. Preparo: Chá por infusão, 10 gramas de folhas para 1 litro de água. O chá deve ser usado em banhos, até duas vezes ao dia. *Camomila (Matricaria chamomilla L.) Indicação terapêutica: Calmante Parte utilizada: Flores Preparo: Chá por infusão, 2 gramas de matéria-prima para 150 ml de água. Consumir uma vez ao dia. *Salsa (Petroselinum sativum) Indicação terapêutica: diurético e anti-hipertensivo Parte utilizada: Folhas Preparo: Chá por infusão, 3 gramas de matéria-prima para 150 ml de água, ou consumir a planta natural. Fonte: UOL Notícias.

domingo, 4 de junho de 2017

Truques para o bebê dormir tranquilamente.

Estabelecer uma rotina de sono é fundamental para o bom sono do pequeno. Que pai nunca teve pena de seu bebê, ao ter que deixá-lo sozinho na hora do sono? O dilema se repete quase todos os dias. No entanto, uma noite tranquila depende de uma série de hábitos, em especial a rotina. "O bebê tem que dormir cedo, acordar cedo, sair ao ar livre, brincar, além de manter horários regulares de alimentação e deixar atividades mais excitantes para o começo do dia", ensina a pediatra Clery Bernardi Gallacci, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Com uma rotina bem estabelecida e alguns truques, é possível fazer com que o bebê durma tranquilamente - e também deixe os pais descansarem. Conheça esses macetes. 1- Ligue o som: Sons suaves são uma boa arma na hora de colocar o pequeno para dormir. "A música pode ajudar a relaxar", conta Clery Bernardi Gallacci, pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana. Mas, assim que ele adormecer, o ideal é que os sons cessem, já que isso pode atrapalhar o desenvolvimento do sono do bebê. 2- Não leve o bebê para a cama do casal: Ao primeiro sinal de insônia, é comum que pais, sem saberem o que fazer, levem o bebê para a cama do casal. Mas essa está longe de ser a atitude ideal. "A cama do casal não oferece a posição ideal para o bebê dormir, já que, até os quatro meses de idade, a cabeceira do berço deve ser mais elevada, para evitar que ele tenha refluxo", conta a pediatra Alessandra Cavalcante, do Hospital São Luiz em São Paulo. Além disso, existe o perigo do adulto rolar por cima do pequeno durante o sono. "O bebê tem que ter o ambiente dele desde o começo, senão fica mais difícil tirar esse vício de dormir com os pais mais tarde", justifica a profissional. 3- Dê uma última mamada antes de dormir: Para evitar que o bebê acorde com fome, a mãe pode amamentar antes de ele dormir. "Essa fome no meio da noite acontece porque leite materno é um alimento de fácil digestão", afirma a pediatra Alessandra. Um bom horário para amamentar o pequeno é das 22h às 23h, antes que ele pegue no sono. ?No entanto, a medida só funciona melhor a partir de um ano de idade, visto que, até essa fase, a mamada no meio da noite é necessária ao bebê?, conta a pediatra Clery Gallacci.
4- Deixe-o adormecer em seu berço: Nada de deixar que o bebê durma em seu colo. "O ideal é que ele durma sozinho já no berço, na posição adequada, senão ele acostuma a dormir no colo", alerta Alessandra. Se ele se acostumar a dormir no colo, será difícil fazê-lo adormecer da maneira correta, que é no berço. Se necessário, os pais podem ficar ao seu lado até que ele pegue no sono, mas nada de colocá-lo no colo! 5- Deixe o ambiente pouco ou nada iluminado: Para que o bebê durma tranquilamente, o ideal é que o quarto esteja muito pouco ou nada iluminado. Se for necessário algum tipo de iluminação, que seja apenas uma lâmpada de tomada ou um abajur de luz baixa. 6- Equilibre a temperatura do quarto: Uma boa noite de sono também depende da temperatura ideal. Segundo Alessandra Cavalcante, o quarto não pode estar muito frio, nem muito quente. "Se for um dia de muito frio, é válido aquecer o quarto. Se o ar estiver seco demais, seja no frio ou calor, é importante deixar um umidificador ligado", diz ela. 7- Aposte em pijaminhas confortáveis: Quem consegue dormir com roupas desconfortáveis? Com o bebê é o mesmo. Para que ele durma tranquilamente, é importante que as roupas também sejam confortáveis. "Prefira um pijaminha de algodão sem muitos botões e evite peças que possam sufocar ou machucar o pequeno, como roupas com elásticos muito apertados na cintura", aconselha a pediatra Alessandra. 8- Brinquedinhos: Que tal dar uma companhia ao seu bebê? Isso pode deixá-lo mais seguro e ajudá-lo a pegar no sono. "Os pais podem dar um bichinho ou um boneco ao bebê, mas deve-se tomar cuidado para que ele não seja nem pequeno, nem grande demais, para não machucar a criança", diz a pediatra do Hospital e Maternidade Santa Joana. O bichinho também deve ser lavável - do contrário, ele pode virar foco de ácaros, agravando sintomas de rinite e bronquite. 9- Combata os gases: Principalmente nos três primeiros meses de vida, é comum que as cólicas de gases atrapalhem o bem-estar do bebê, incomodando também na hora de dormir. "Nesses casos, o pediatra pode indicar um medicamento para o bebê", lembra a pediatra Alessandra Cavalcante, do Hospital São Luiz. O que também influencia nessa questão é a alimentação da mãe. Se o bebê, que depende puramente do leite materno, estiver sofrendo com o problema, a mãe deve evitar o abuso de alimentos muito condimentados ou gordurosos, além de refrigerantes e leite e derivados. 10- Dê banho nele antes de dormir: Relaxar é a palavra de ordem - e nada melhor do que um banho para cumprir essa tarefa. "O banho ajuda bastante o bebê a ficar mais tranquilo", afirma Alessandra. A pediatra lembra que os banhos não precisam de muito requinte, mas, se os pais quiserem inovar, existem mini-ofurôs e baldes de banho que permitem que o bebê fique mais tempo relaxando. 11- Chupeta pode, desde que... A pediatra Clery Bernardi Gallacci permite o uso da chupeta, mas o adulto precisa saber a hora de dar e de tirar o acessório do pequeno. "Durante os dois primeiros anos de idade, a criança está na fase oral, então não tem problema dar a chupeta. Mas o adulto precisa impor limites, para que ela não crie uma dependência", diz a profissional. O ideal é permitir a chupeta antes de dormir e tirar assim que o bebê pegar no sono. Fora dessa ocasião, o uso pode ser evitado. ?Vale lembrar também que a chupeta não é permitida nos quinze primeiros dias de vida, para não prejudicar a amamentação?, lembra Clery. Fonte: POR ANA PAULA DE ARAUJO.

Abandone 10 hábitos que envelhecem a sua pele.

1.Tabagismo: Cada cigarro diminui a oxigenação da pele por 90 minutos! Imagine quem fuma mais do que um por dia. Resultado: a pele fica grossa e amarelada, por causa da nicotina, sem viço e opaca. Além de todos os problemas que causa à saúde, o cigarro também provoca distúrbios no metabolismo e acelera a perda de colágeno, células responsáveis por dar sustentação e elasticidade à pele, favorecendo a flacidez. "O ato de fumar provoca rugas ao redor dos lábios e ao redor dos olhos, já que o fumante fecha os olhos parcialmente para proteger os olhos da fumaça", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. 2.Estresse: O estresse emocional altera nossos hormônios, aumentando a liberação de corticoide endógeno e adrenalina, por exemplo. "Isso pode deixar a pele mais oleosa e acneica. O estresse também diminui nossas defesas, e a pele fica mais predisposta à doenças e infecções", diz a dermatologista Daniela Taniguchi. As mais comuns são herpes, alergias, erupção cutânea, psoríase e até vitiligo. 3.Ignorar a poluição: "Os gases nocivos encontrados no ar poluído formam uma película de toxinas que acaba sendo absorvida pela pele, aumentando as reações de oxidação e formação de radicais livres que agridem a pele", explica a dermatologista Paula Cabral. A oxidação é um processo natural que acontece no organismo, mas que envelhece as células. O excesso de poluição oxida as células tanto da pele como do organismo todo. Por isso, para evitar essa reação, é importante proteger a pele diariamente, aplicando protetor solar, hidratante e fazendo a higienização para eliminar as impurezas. 4.Beber pouca água: Um dos primeiros sinais da falta de água (desidratação) se dá na pele e nas mucosas. "Entre as células, temos um líquido intersticial que ajuda na sustentação da pele, entre outras funções. A falta de ingestão de água deixa a pele flácida e sem viço", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. A pele perde o turgor, demorando para voltar ao seu estado natural, quando sofre uma distorção. Por exemplo, quando beliscamos a pele, ela logo deve voltar ao seu estado normal ao soltarmos. Se isso demora para acontecer, é sinal de que está desidratada e flácida. Além de deixar a pele hidratada e firme, beber água também favorece a excreção de toxinas, substâncias que prejudicam a pele. O recomendado é consumir pelo menos dois litros de água por dia. 5.Não usar protetor solar: O excesso de exposição solar, e principalmente a falta de proteção solar, é a principal causadora do envelhecimento da pele e de câncer de pele. Para se ter uma ideia, a radiação solar é responsável por 80% do envelhecimento da pele exposta, principalmente nas peles mais brancas, que sofrem este processo precocemente. "A radiação solar é um potente oxidante celular. A radiação penetra na pele e provoca alterações diretamente no DNA das células e, indiretamente, provoca reações químicas que alteram o DNA e as fibras colágenas e elásticas", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. De acordo com a especialista, apesar de o nosso organismo ter mecanismos de defesa e ação antioxidante, nem sempre isso é o suficiente para evitar essas reações. O resultado é o que chamamos de fotoenvelhecimento. Aparecem então, manchas, sardas, flacidez, pele áspera, aumento das rugas e, em alguns casos, câncer de pele. O FPS, para o dia a dia, nunca deve ser menor que 30 para rosto, colo, pescoço e mãos (regiões da pele mais sensível) e 15 para o restante do corpo. 6. Consumo de açúcares e gordura: Em excesso, o açúcar é responsável por outro processo de envelhecimento celular chamado "glicação". "O açúcar se liga às proteínas da pele, como o colágeno, provocando a rigidez destas proteínas. Assim ela perde a função de elasticidade, deixando a pele flácida e com rugas", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. Já a gordura em excesso fica acumulada no tecido subcutâneo de forma irregular, provocando gordura localizada e celulite. 7. Falta de alimentação equilibrada, ricas em antioxidantes: "Uma dieta equilibrada, rica em vegetais, incluindo frutas diversas, leguminosas, cereais e hortaliças é a melhor proteção contra os radicais livres, inimigos da pele", explica a nutricionista Daniela Cyrulin. As substâncias ativas encontradas nestes alimentos são excelentes antioxidantes que neutralizam a ação destes radicais. Priorize alimentos ricos em: Vitamina C (laranja, limão, lima, acerola, caju, kiwi, morango, couve, brócolis, tomate), vitamina E (amêndoas, nozes, castanha do Pará, gema de ovo, vegetais folhosos), vitamina A (cenoura, abóbora, fígado, batata doce, damasco seco, brócolis, melão), bioflavonoides (frutas cítricas, uvas escuras ou vermelhas), entre outros nutrientes encontrados em alimentos frescos. 8. Dormir mal: Sem sono adequado não existe reparo. Durante o sono, produzimos hormônios "rejuvenescedores", como a melatonina e o hormônio do crescimento. Estes hormônios são "calmantes" e reparadores. A falta de sono provoca estresse e não dá tempo para o organismo descansar. Resultado: pele sem viço e com olheiras.
9. Sedentarismo: A prática de atividades físicas traz muitos benefícios para o corpo e para a pele. Melhora a circulação sanguínea da pele, melhora o metabolismo do organismo (evitando o processo de glicação), combate o estresse e melhora a qualidade do sono. Além disso, combate a flacidez, a celulite e a gordura localizada. 10. Dispensar o hidratante: É necessário ter cuidados para proteger a pele das agressões externas, como o vento, o frio, a poluição e os raios solares. Um rosto bem hidratado apresenta uma boa elasticidade, já uma pele desidratada costuma apresentar mais flacidez e rugas. "O ressecamento pode ainda trazer consequências como dermatite e descamação", diz a dermatologista Paula Cabral. Com o envelhecimento, as glândulas sebáceas diminuem em número e tamanho, deixando a pele mais ressecada. "O ressecamento superficial da pele causa alergias e coceira, diminui a elasticidade da pele e agrava as rugas. Portanto, além de beber líquidos, a pele terá benefícios extras se for hidratada com cremes e loções", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. Fonte: Dra. Daniela Taniguchi.

Pílula anticoncepcional: quando ela é um problema para a saúde?

Combinação do estrogênio e do progestágeno aumenta risco de trombose e AVC. "A pílula anticoncepcional é o medicamento mais estudado no mundo", afirma o ginecologista Hugo Miyahira, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Isso porque ela é usada por milhões de mulheres anos a fio e afeta todos os órgãos com receptores hormonais. Seu uso previne não só a gravidez como ainda garante um ciclo menstrual regular. A evolução do método atingiu seu ponto mais alto com a combinação de dois hormônios, o estrógeno e o progestágeno (a pílula combinada), em níveis baixíssimos e mais eficazes do que nunca, mas, como todo medicamento, ela possui efeitos colaterais. Por isso, hábitos de vida, condições de saúde e histórico familiar de doenças são determinantes na adoção ou não da pílula. Em caso negativo, outros métodos podem ser usados sem riscos à saúde feminina. Confira abaixo quando a pílula combinada é contraindicada: Tabagismo:"A associação da pílula com o cigarro, especialmente por mulheres acima dos 35 anos, eleva - e muito - o risco de doenças cardiovasculares", explica o ginecologista Hugo Miyahira. Diversos estudos mostram que as substâncias do cigarro afetam diversas funções do sistema vascular arterial, mesmo quando a fumaça já não está mais no ar. Isso porque essas substâncias continuam circulando no corpo, favorecendo o acúmulo de placas de gordura e colesterol nas artérias, problema conhecido como aterosclerose. Some isso ao fato de que a pílula combinada favorece a coagulação do sangue e o resultado pode ser desastroso, levando a um AVC, infarto ou trombose. Hipertensão: A hipertensão costuma apresentar sintomas apenas em estágio muito avançado e, por isso, é fundamental medir a pressão arterial da mulher antes de recomendar o uso de uma pílula anticoncepcional. Segundo o ginecologista e obstetra Pedro Awada, do Hospital e Maternidade Brasil, mulheres hipertensas já apresentam risco elevado de doenças cardiovasculares. Isso porque o coração fica hipertrofiado devido ao grande esforço para bombear o sangue nas artérias e, com o tempo, as artérias perdem a elasticidade, favorecendo o entupimento e rompimento das mesmas. Junto com a pílula, a probabilidade de sofrer um AVC ou outros problemas ligados aos vasos sanguíneos, como a trombose, é muito maior. Trombose: A trombose é decorrente de três fatores principais: lesões nos vasos sanguíneos, propensão a formar coágulos e diminuição da velocidade da circulação. "Como a pílula favorece a formação de coágulos, seu uso é proibido para mulheres que já sofreram o problema ou apresentam histórico de trombose na família", explica a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, diretora da clínica Gergin, em São Paulo. O trombo geralmente se forma em uma veia localizada nas pernas, mas ele pode se desprender e subir para os pulmões, causando embolia pulmonar, colocando a vida da mulher em risco. Lúpus: "O lúpus é uma doença autoimune extremamente complexa que afeta, inclusive, os vasos sanguíneos", afirma o ginecologista Hugo. Além disso, a doença também pode estar relacionada a anticorpos que favorecem a coagulação sanguínea e, portanto, a formação de trombos. A associação com a pílula combinada eleva o risco de AVC, infarto e trombose, sendo, assim, contraindicada para os pacientes de Lúpus. Obesidade: A mulher com obesidade tem um risco maior de sofrer eventos cardíacos e, em geral, ainda é vítima de problemas como colesterol alto e hipertensão, aponta o ginecologista Hugo. Segundo o especialista, o tecido adiposo em excesso produz mais de 15 substâncias que interferem no funcionamento do organismo como um todo, inclusive nos níveis hormonais. Assim, o caso precisa ser bem avaliado para determinar o custo benefício do uso desse método anticoncepcional. Em alguns casos, apenas a exclusão do estrogênio, que exerce maior influência na coagulação, pode ser eficaz. Doenças hepáticas: "Todo medicamento utilizado via oral é metabolizado no fígado", explica a ginecologista Bárbara. Por isso, se a pessoa apresenta lesões hepáticas, como hepatite e cirrose, o uso da pílula pode ser contraindicado por sobrecarregar o órgão. Além disso, mesmo com o uso do contraceptivo é possível que aconteçam irregularidades menstruais. "O hormônio não metabolizado não inibe a produção de hormônios pelo ovário, o que não diminui a efetividade do medicamento, mas pode desregular os níveis hormonais do corpo", complementa o ginecologista Hugo.
Tumores hormônio-dependentes: Alguns cânceres, como o câncer de mama de mama, têm receptores hormonais. Em outras palavras, eles são hormônio-sensíveis, podendo ter seu desenvolvimento estimulado pelos níveis hormonais no organismo. "Isso significa que indicar o uso de uma pílula pode agravar a situação do tumor", explica o ginecologista Pedro. Como tumores costumam apresentar sintomas apenas em estágio avançado, exames de detecção preventivos são fundamentais para não deixar que o problema se agrave. Varizes: "Varizes por si só já denunciam uma mulher com problemas de circulação sanguínea", alerta a ginecologista Bárbara. Dilatadas e deformadas, as veias indicam que o sangue não está conseguindo seguir seu curso normal, favorecendo, assim, a formação de coágulos. Durante a consulta, portanto, deve ser avaliado se o problema é isolado ou se ainda está associado a outros fatores de risco para problemas cardiovasculares, como a obesidade. Por isso, o uso da pílula combinada nem sempre é seguro. Fator V de Leiden: "O Fator V de Leiden é uma mutação genética que pode aumentar em até 100% o risco de a mulher sofrer um evento cardiovascular", explica a ginecologista Bárbara. A variação interfere diretamente na coagulação do sangue e pode ser identificada pelos laboratórios em mais uma etapa do teste de papanicolau. De acordo com a especialista, a ação do Fator V de Leiden se dá junto às plaquetas, que podem aglutinar e formar um trombo. Identificado o problema, devem ser pensados outros métodos contraceptivos. Fonte: LAURA TAVARES.

O que é Depressão?

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. Causas: A depressão é na realidade uma ampla família de doenças, por isso denominada Síndrome. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida. Sintomas de Depressão. São sintomas de depressão: Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia. Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas. Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis. Desinteresse, falta de motivação e apatia. Falta de vontade e indecisão. Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio. Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio. Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo. Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento. Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido Perda ou aumento do apetite e do peso. Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo). Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
Tratamento de Depressão: Como se trata de uma família grande de “depressões” com múltiplas causalidades,; antes de se iniciar qualquer tratamento é necessário que seja feita uma investigação etiológica rigorosa. Após o levantamento das causas envolvidas pode-se fazer um planejamento terapêutico adequado. Existem diversas “ ferramentas “ terapêuticas, e a medicamentosa é uma das mais importantes. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse. Medicamentos para Depressão. Os medicamentos mais usados para o tratamento de depressão são: Amitriptilina; Ansitec; Cinarzina; Citalopram; Clomipramina; Clonazepam; Daforin; Donaren; Escitalopram; Exodus; Fluoxetina; Lexapro; Lorax; Lorazepam; Mirtazapina; Paroxetina; Rivotril; Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Expectativas Desde que tenha sido realizado um diagnóstico correto que leve em consideração todos os fatores envolvidos, o que se pode esperar um uma melhora total do quadro depressivo. As expectativas são atualmente muito boas. Com os métodos de tratamento atuais, e principalmente com os fármacos de ultima geração, o prognóstico é realmente muito bom. Prevenção. A prevenção da depressão pode ser feita com algumas medidas: Exercícios físicos diários se possível; Técnicas de relaxamento; Rituais religiosos e religiosidade; Arte-terapia; Lazer; Qualidade de sono; Alimentação saudável e balanceada; Prevenção e cuidados de outras doenças físicas, se existirem. Fonte: Dr. Persio Ribeiro Gomes de Deus. PSIQUIATRIA - CRM 31656/SP.

Ansiedade: sintomas, tratamentos e causas.

O que é Ansiedade? A ansiedade é uma emoção normal do ser humano, comum ao se enfrentar algum problema no trabalho, antes de uma prova ou diante de decisões difíceis do dia a dia. No entanto, a ansiedade excessiva pode se tornar uma doença, ou melhor, um distúrbio de ansiedade. Pessoas que sofrem de distúrbios de ansiedade sentem uma preocupação e medo extremos em situações simples da rotina, além de alguns sintomas físicos, o que atrapalha suas atividades cotidianas, já que eles são difíceis de controlar. Por sorte, os distúrbios de ansiedade podem ser tratados. Tipos: Existem diversos tipos de distúrbios de ansiedade. Os mais comuns são: Transtorno de ansiedade generalizada Síndrome do pânico Fobia social Fobias específicas (claustrofobia, aracnofobia, agorafobia, etc) Há outros quadros que têm a ansiedade como pano de fundo, como: Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) Transtorno de estresse pós-traumático Transtorno fóbico-ansioso. Causas Não se sabe ao certo por que algumas pessoas são mais propensas à ansiedade descontrolada do que outras. Alguns dos fatores que podem estar envolvidos nisso são: Genética, ou seja, histórico familiar de transtornos de ansiedade Ambiente, por exemplo passar por algum evento traumático ou estressante Mentalidade ou modelo de pensamento, ou seja, a forma como a pessoa estrutura seus pensamentos ou linhas de raciocínio e, consequentemente, encara as situações do dia a dia Doenças físicas. Entre as doenças físicas que podem estar relacionadas à ansiedade, encontramos: Problemas cardiovasculares, como as arritmias cardíacas Doenças hormonais, como hipertireoidismo ou o hiperadrenocorticismo (aumento de atividade da glândula adrenal) Problemas respiratórios, como o DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Dores crônicas Abuso de drogas, álcool ou medicações como os benzodiazepínicos. Por isso é importante buscar um psiquiatra para que ele pesquise se não há causas físicas por trás de seu problema de ansiedade.
Fatores de risco: Algumas pessoas são mais propensas a terem distúrbios de ansiedade. Os principais fatores de risco são: Eventos traumáticos na infância ou mesmo vida adulta Estresse relacionado a doenças físicas sérias Acúmulo de estresse Tipo de personalidade, já que algumas pessoas tem uma personalidade naturalmente ansiosa Abuso de substâncias, como álcool, cigarro e drogas ilícitas. Sintomas de Ansiedade. A ansiedade e seus transtornos podem causar sintomas tanto mentais quanto físicos, que atrapalham o dia a dia de diversas formas. Veja quais são os principais: Sintomas psicológicos da ansiedade Constante tensão ou nervosismo Sensação de que algo ruim vai acontecer Problemas de concentração Medo constante Descontrole sobre os pensamentos, principalmente dificuldade em esquecer o objeto de tensão Preocupação exagerada em comparação com a realidade Problemas para dormir Irritabilidade Agitação dos braços e pernas.
Sintomas físicos da ansiedade: Dor ou aperto no peito e aumento das batidas do coração Respiração ofegante ou falta de ar Aumento do suor Tremores nas mãos ou outras partes do corpo Sensação de fraqueza ou cansaço Boca seca Mãos e pés frios ou suados Náusea Tensão muscular Dor de barriga ou diarreia. Ataques de pânico. Os ataques de pânico são uma reação comum aos transtornos de ansiedade, principalmente na síndrome do pânico. Suas principais características são: Sensação de nervosismo e pânico incontroláveis Sensação de morte Aumento da respiração Aumento da frequência cardíaca Tonturas e vertigens Problemas gastrointestinais. Em alguns casos, os sintomas físicos são tão intensos que podem ser confundidos com doenças como infarto e outros eventos cardiovasculares. Buscando ajuda médica O ideal é procurar ajuda médica partir do momento em que o distúrbio de ansiedade produz algum tipo de desprazer ou sofrimento, interferindo negativamente na qualidade de vida. Muitas pessoas costumam ter dúvidas em relação à busca do profissional, que pode ser um psicólogo ou um pediatra. Vale dizer que se forem fatores do desenvolvimento da personalidade, traumas, crises a conduta mais adequada é procurar uma psicoterapia. Já se os fatores causais tiverem origem biológica, a chamada "ansiedade biológica", o psiquiatra deve ser procurado. Sentir ansiedade é normal, mas quando ela passa a ser persistente e fora de seu controle, é bom marcar uma consulta médica com um psiquiatra. Principalmente se há: Preocupação excessiva, a ponto de interferir no trabalho, relacionamentos e em outras partes de sua vida Sintomas de depressão, de alcoolismo ou dependência química a drogas Pensamentos ou comportamentos suicidas. Preocupações derivadas da ansiedade e seus transtornos não desaparecem por conta própria – pelo contrário, elas só tendem a piorar. Por isso, tratamento e suporte médicos são imprescindíveis. Procurar ajuda médica antes da ansiedade se tornar um problema ainda maior também é crucial para evitar complicações.
Na consulta médica Especialistas que podem diagnosticar a ansiedade são: Clínico geral Psiquiatra Psicólogo. Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações: Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar. O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como: Quais são seus sintomas e o quão severos eles são? Como estes sintomas impactam no seu dia a dia? Você já teve um ataque de pânico? Você costuma evitar situações que te deixam ansioso? Seus sentimentos de ansiedade são ocasionais ou contínuos? Quando você começou a notar que estava muito ansioso? O que parece aumentar sua ansiedade? Você já passou por alguma experiência traumática? Você tem ou já teve outras condições de saúde física ou mental? Você usa algum medicamento? Você tem histórico familiar de ansiedade? Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para ansiedade, algumas perguntas básicas incluem: Qual é a causa mais provável para minha ansiedade? Existem outros fatores que podem estar piorando minha ansiedade? Eu preciso ver outro médico ou um psicólogo? Que tipo de terapia pode me ajudar? Medicamentos podem me ajudar? Posso fazer algum tipo de terapia complementar? Além do tratamento, o que posso fazer para ajudar a reduzir a ansiedade? Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta. Diagnóstico de Ansiedade: O profissional começará investigando se há alguma causa física para sua ansiedade excessiva. Enquanto isso, ele também terá uma conversa para fazer uma análise e entender que condições podem estar levando você a ter essa ansiedade exagerada. Existem alguns “marcadores biológicos” que também podem estar ligados à ansiedade, como a dosagem de cortisol (um hormônio importante no estresse), alterações de glicemia ou dos hormônios sexuais, entre outros. Caso o médico não identifique causas físicas, ele pode comparar seus sintomas com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) para entender qual é seu quadro. Tratamento de Ansiedade: Caso a ansiedade excessiva esteja relacionada a uma doença física, seu tratamento adequado já trará alívio dos sintomas. No entanto, se o paciente sofre de algum transtornos de ansiedade, o tratamento pode envolver diversas abordagens: Um dos métodos mais utilizados é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), um tratamento normalmente feito em curto prazo e que permite você retomar aos poucos as suas atividades cotidianas que antes eram evitadas devido à ansiedade. Psicoterapia: A terapia com um psicólogo pode ajudar o paciente a entender os fatores do dia a dia que desencadeiam sua ansiedade, reduzir seus sintomas e trabalhar os eventos que o levaram a desenvolver este problema. Medicamentos.Diversos medicamentos podem ser usados para o tratamento da ansiedade, como: Benzodiazepinas Antidepressivos Ansiolíticos. Medicamentos para Ansiedade.Os medicamentos mais usados para o tratamento de ansiedade são: Alenthus Xr, Alprazolam, Amplictil, Ansitec, Apraz, Bromazepam, Clonazepam, Cloxazolam, Diazepam, Donaren, Efexor XR, Frisium, Fluoxetina, Frontal, Hixizine, Lexotan, Lorax, Lorazepam, Mirtazapina, Olcadil, Paroxetina, Risperidona, Rivotril, Sertralina, Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula. Expectativas:A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, com tratamento eficaz e acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos. Complicações possíveis. A ansiedade excessiva não tratada pode levar a outros problemas de saúde, como: Depressão Abuso de substâncias Insônia e outros distúrbios do sono Problemas digestivos Isolamento social Problemas nos estudos, trabalho e vida pessoal Suicídio. Convivendo/ Prognóstico Além de seguir o tratamento à risca, alguns cuidados caseiros podem ajudar na recuperação de quem sofre de ansiedade excessiva, como: Manterse ativo: atividades físicas são uma forma poderosa de reduzir o estresse, pois liberam neurotransmissores relacionados ao bemestar Evitar álcool e outras drogas: essas substâncias podem piorar a ansiedade Pare de fumar ou de beber cafeína: a nicotina e a cafeína são estimulantes, piorando o quadro de ansiedade Procure técnicas de relaxamento: exercícios de respiração, ioga. Prevenção. A ansiedade pode ser prevenida a partir de medidas de qualidade de vida: Exercícios físicos diários; alimentação balanceada, equilibrada e de boa qualidade; cuidar da qualidade do sono;técnicas de relaxamento;religiosidade;arte-terapia;lazer.Fonte: Dr. Persio Ribeiro Gomes de Deus. PSIQUIATRIA - CRM 31656/SP