terça-feira, 1 de maio de 2018

O que é a Gripe H1N1, sintomas, prevenção e transmissão.

1-O que é a Gripe H1N1? A Gripe H1N1 é uma doença causada pelo vírus Influenza A H1N1, uma mutação do vírus da gripe, porém mais forte do que aquele que nós estamos acostumados. Essa gripe é transmitida da mesma maneira que a gripe comum, mas os seus sintomas são mais fortes, repentinos e, se não tratados logo no início, podem levar a pessoa ao óbito. 2-Influenza A: Os vírus da influenza A, de agente etiológico Myxovirus influenzae, são os únicos capazes de provocar epidemias anuais frequentes e, em menor proporção, pandemias. São capazes de atingir todas as faixas etárias em um curto período de tempo, característica possível devido ao seu grande poder de variabilidade e adaptação. Por possuir material genético de natureza fragmentada, o vírus passa por várias mutações durante a fase de replicação. Nesse processo, as proteínas da superfície (hemaglutinina e neuraminidase) se modificam. As mutações que o vírus influenza sofre acontecem de forma independente. Como consequência, uma variante do vírus pode passar a circulação entre a população e causar a doença, uma vez que a imunidade não está preparada para uma nova cepa. 3-A Gripe H1N1 é grave? Assim como a gripe sazonal, a Gripe H1N1 pode variar de branda a grave na questão intensidade. De 2005 a 2009 houve apenas 12 casos da doença nos Estados Unidos, porém nos anos de 2009 e 2010 houve uma pandemia extremamente grave. #Pandemia de 2009/2010: O surto global teve início no México, em 2009, expandindo-se posteriormente para a América do Norte, Europa e Oceania. Em abril daquele mesmo ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a epidemia era uma “emergência na saúde pública internacional”, isto é, todos os países do planeta estavam sujeitos a doença. A Gripe H1N1 estava, em uma escala de 1 a 6 de alerta da OMS, na escala 6, definindo-a como pandemia em todo o mundo. Em 2010, o Brasil teve mais de 58 mil casos da doença e 2.100 mortes confirmadas.
#Surto 2016: Apesar da gripe ser uma doença de inverno, a Gripe H1N1 chegou mais cedo em 2016 aqui no Brasil e já é responsável por metade dos casos de gripe no país. No começo de abril desse ano, 15 estados foram constatados com casos confirmados de Gripe H1N1 e o fluxo maior está na região Sudeste apenas em São Paulo, eles ultrapassam 80% de todo o país. Alguns casos da doença foram confirmados já no Verão e acredita-se que a causa desse adiantamento seja a condição climática provocada pelo fenômeno El Niño. 4-Como surgiu a Gripe H1N1? A doença foi detectada mundialmente pela primeira vez na pandemia de 1919 e, desde então, o vírus causador age como vírus de gripe sazonal. Os principais casos da Gripe H1N1 em pessoas foram descobertos no México em 2008. Cientificamente, o vírus Influenza A já era conhecido por afetar os porcos, mas em humanos era a primeira vez que acontecia, através de uma mutação desse mesmo vírus, hoje conhecido como H1N1. 5- Como o vírus da Gripe H1N1 é transmitido? A Gripe H1N1, assim como a gripe comum, pode ser transmitida através do contato de objetos contaminados, gotículas respiratórias no ar e contato com a saliva de alguém que esteja com o vírus. Segundo o infectologista André Sales Braga, uma pessoa infectada com o vírus pode transmiti-lo entre 24 horas e 7 dias após a contaminação, ou seja, todo cuidado é pouco com as nossas precauções. Ao contrário do que muitos pensam, não há risco algum de se contaminar com a doença através da carne de porco, pois de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o vírus é transmitido apenas de pessoas para pessoas.
6- Quais são os grupos de risco da Gripe H1N1? A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, afirma que as pessoas que geralmente vão a óbito são as que tem riscos especiais. “As crianças menores de dois anos, por exemplo, têm alto risco de hospitalização, mas nem tanto risco para óbito. As que estão na faixa etária entre dois e cinco anos não têm tanto risco de serem hospitalizadas ou de morrer, mas têm risco para adoecer de formas mais complexas.”. #As pessoas que compõem esse grupo seleto são as seguintes: .Pessoas a partir de 60 anos; .Grávidas a partir de 12 semanas; .Mães com até 45 dias pós-parto; .Crianças de 6 meses a 5 anos; .Portadores de doenças crônicas não transmissíveis; .Trabalhadores da saúde; .População indígena; .Portadores de doenças que aumentam o risco de complicações em decorrência da influenza .Pessoas privadas de liberdade. 7- Quais os sintomas da Gripe H1N1? Como já dissemos, os sintomas desse tipo de gripe são muito parecidos com os da gripe comum. Dentre os sintomas, podemos destacar os mais conhecidos nossos, como: .Febre acima dos 38 ºC; .Dores no corpo; .Dores de garganta e de cabeça; .Tosse seca; .Espirros; .Calafrios; .Fadiga ou cansaço. Além desses sintomas, é possível, ainda, que também ocorra diarreia e vômito na pessoa infectada, mas esses não são tão recorrentes quanto os acima relatados. A recomendação é que, ao constatar a frequência desses sintomas, ou pelo menos de alguns deles, você procure ajuda médica para se submeter a um exame clínico e, assim, ter certeza do diagnóstico. 8- Em qual especialista devo ir ao suspeitar que estou com a Gripe H1N1? Diante de uma doença grave como essa, é normal termos dúvida a qual especialista recorrer. Em suma, há 3 tipos de especialistas a quem você pode ir: #Clínico Geral Esse profissional tem a responsabilidade de tratar da sua saúde, independente de qual área seja o problema. O clínico geral estuda o corpo e a saúde humana, portanto, saberá indicar o que for melhor para você, seja um remédio ou outro profissional ao qual recorrer. #Infectologista Profissional que estuda as diversas infecções causadas por patógenos, como bactérias, vírus, fungos e outros. Como a Gripe H1N1 é transmitida pelo vírus Influenza A H1N1, o infectologista saberá diagnosticar precisamente se os seus sintomas correspondem a doença. #Pneumologista Especialista em pneumologia, isto é, doenças de vias aéreas inferiores, o pneumologista poderá te auxiliar no diagnóstico e na prescrição de medicamentos que você possa vir a tomar.
9- Como posso me prevenir da Gripe H1N1? Além da ajuda médica, que normalmente indica medicamentos como o Tamiflu ou Relenza para o tratamento da doença, outras dicas são importantes para você acrescentar ao seu dia a dia: .Beba bastante água, para que não haja acúmulo de secreção; .Lave as mãos sempre com água e sabão e evite colocá-las no rosto e, principalmente, na região da boca; .Se não puder lavar as mãos, carregue na bolsa um frasco de álcool em gel para esterilizá-las; .Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas e copos; .Evite o contato muito próximo com alguém infectado; .Evite frequentar lugares fechados e com muitas pessoas; .Mantenha hábitos saudáveis; .Se achar necessário, use máscaras de proteção para não ficar em contato com gotículas contaminadas que estejam no ar; .Vacine-se. 10- Campanha de vacinação ! Em 2018, a campanha de vacinação contra a gripe, realizada pelo Ministério da Saúde, vai de 23 de abril a 1º de junho. Neste ano, a imunização oferece proteção contra os três subtipos do vírus que apresentam mais casos registrados de infecção: H1N1, H3N2 e Influenza B. As vacinas são disponibilizadas tanto por laboratórios particulares quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos laboratórios particulares, o preço médio é de 130 reais. Para os grupos considerados de risco, o SUS disponibiliza gratuitamente a vacina. 11- Diferença entre H1N1 e H3N2: O H3N2 e o H1N1 são subtipos do vírus da Influenza A, sendo os mais prevalentes em casos da doença. Em anos anteriores, quando se teve relatos de surtos da gripe, a causa era significativamente provocada pelo subtipo H1N1. Recentemente, o quadro mudou e o número de casos da doença se tornou muito maior pelo subtipo de H3N2. Contudo, apesar das inúmeras variações que esses vírus podem sofrer, ambos são capazes de causar grandes epidemias e mortes. Sendo assim, a única diferença é a de que pertencem a cepas distintas, isto é, vírus de diferentes estirpes que descendem de um mesmo tipo, no qual compartilham de semelhanças morfológicas ou fisiológicas. 11- Atenção! NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica. Fonte: FM-USP.

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